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A Bússola Dourada, um livro fascinante como a Aurora Boreal

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A Bússula Dourada - de Phillip Pullman Parte de uma trilogia maior, His Dark Materials, a Bússula Dourada é o primeiro que dá origem e entrada num universo – ou mais? – onde vive Lyra, em que os humanos têm sempre um daemon que os acompanha e parece ser parte da sua própria alma, essência e vida. A Bússula Dourada apresenta um mundo fascinante por estes aspectos e também pelos cenários que percorre, sendo, ocasionalmente, intrigante e enigmática; interessante e fascinante; ou, por vezes, apesar de tudo, de narrativa um pouco arbritária, com personagens não profundamente desenvolvidas na sua individualidade e compleição. É necessário deixar o disclaimer de que o li na sua língua original, inglês, que não é a minha primeira língua. É possível que seja por isso que algumas expressões soem com um toque estrangeiro. Escrito na década de 90, há expressões que soam mais antiquadas do que isso e não se enquadram no estilo de escrita geral, direccionado, sobretudo, para um público-al

Meu Cavalinho de Pau, Amigo do Coração / Daniel Marques Ferreira

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Há livros que existem e passam despercebidos, de alguma forma, e nunca sabemos muito bem porquê. No Goodreads tem apenas 5 notas, apesar de estar no Plano Nacional de Leitura. Mas se passa despercebido, é necessário chamar a atenção sobre ele. A história d'O Meu Cavalinho de Pau, Amigo do Coração, é simples e enternecedora: uma história de amizade muito pura e inocente , fácil de identificar para qualquer idade. A magia da amizade entre os dois protagonistas materializa-se simbolicamente no cavalinho de pau, ou talvez seja apenas coincidência, e seja mesmo uma história sobre a amizade entre os três. Curiosamente, não é referida uma única vez o nome da criança que narra esta história, na primeira pessoa, o que, de certa forma, nos posiciona ainda mais autenticamente no seu lugar. O nosso protagonista é um observador, um poeta, um sonhador, e um enternecedor bom amigo; e fala-nos de forma genuína - talvez não tão genuinamente na voz de uma criança, mas reproduzindo, pelo meno

The Fault in Our Stars, cheio de bons pensamentos mas também de melosidade

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Um livro cheio de pensamentos mas também cheesy e pretensioso, foi uma leitura profunda e desafiante à primeira vez, mas mais difícil a uma segunda, pela sensação de que há muitos aspectos forçados nas vivências das personagens, e pouco para compensar por isso, pelo menos, até chegar a metade do livro. The Fault in Our Stars foi a minha primeira leitura de 2019, mas na verdade foi uma releitura de um livro que já tinha sido lido há anos atrás, em 2012/2013. Na altura tinha mais ou menos a idade dos protagonistas, e não me lembrando do que foi mais marcante no livro, sei que a cumplicidade da palavra “Okay” se repercutiu no meu dia-a-dia com grande intensidade. Hoje, em 2019, os pensamentos são outros, ainda que pretenda respeitar a diferença de gostos. A grande verdade é que a primeira metade do livro se revelou, desta vez, bastante inferior ao que a expectativa ansiava. Um bolo meloso e pretensioso de personagens, relações e diálogos,  tornaram estes aspectos da narrat